Por Emerson Rocha – VPPCB
O Programa de Pesquisa Translacional (PPT) promoveu nos dias 26 e 27 de novembro de 2024 o III Encontro da Rede Fio-Leish, no auditório de Auditório Maria Deane – Pavilhão Leonidas Deane. O evento contou com a presença da Vice-Presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Maria de Lourdes Aguiar de Oliveira. O objetivo era identificar necessidades técnico-científicas no controle de agravos prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS), e buscar desenvolver propostas e soluções, envolvendo o conjunto de conhecimentos e capacidades das áreas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Instituição de forma sinérgica e translacional.
Além da Vice-presidente da VPPCB, a Mesa de Abertura teve as participações de Francisco Edilson Ferreira de Lima Júnior, Coordenador Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial (CGZV) do Ministério da Saúde; Sinval Pinto Brandão Filho, Representante dos Coordenadores da Rede Fio-Leish; e Patrícia Sampaio Tavares Veras, Representante de eixo temático da Rede Fio-Leish.
“Assim como a doença de Chagas, a Leishmanioses é uma doença que está no DNA da Fiocruz. Por isso, a importância do tema para a promoção da melhoria da saúde. A Rede Fio-Leish é uma das mais recentes do programa de pesquisas translacionais, mas está muito bem-organizada. Desde que assumi a VPPCB, tive a oportunidade de acompanhar de perto o trabalho que está sendo feito. Sabemos da importância do financiamento de pesquisas, mas precisamos olhar todas as redes de forma igualitária. Precisamos explorar a expertise da própria Fiocruz para articular os saberes e entregar soluções mais objetivas”, disse Maria de Lourdes.
Já Sinval Pinto Brandão Filho fez questão de fazer um histórico de trabalhos e projetos durante todo o período, desde a criação do Programa Fio-Leish, até o momento atual:
“Em 2002, a gente estruturou a rede Fio-Leish em cinco eixos, o modus operandi de atuação da rede e começamos a delinear projetos que pudessem integrar os grupos. Esse trabalho se iniciou no ano seguinte e conseguimos entregar cinco projetos, que foram concluídos e avaliados por consultores ad hoc. Nós desenvolvemos nesses dois anos alguns Webinários muito importantes, sendo um com parceria com a Fio-Mucosa. Com isso, identificamos intercessões entre as duas redes”.
A Patrícia Sampaio Tavares Veras recordou de um importante personagem no desenvolvimento da rede, o então Vice-Presidente da VPPCB, Rodrigo Corrêa, falecido ano passado.
” Não podemos deixar de lembrar do saudoso Rodrigo Corrêa, pois ele foi o grande mentor e responsável em identificar os profissionais em várias unidades da Fiocruz para compor a Fio-Leish. Essa rede é uma comunidade de eixos que se interligam, apesar de independentes. Cada um deles passa a se consolidar e os grupos se organizaram em eixos. Em poucos meses, foram iniciadas as avaliações das propostas. A equipe motivada foi a condutora de todo esse processo”, finalizou.
No primeiro dia, após a apresentação da Coordenação executiva do Programa, Ana Paula Cavalcanti fez uma reflexão sobre as atividades e ações da Rede Fio-Leish. Ela apresentou os
objetivos, missão e visão do programa, além de falar da estrutura, perspectivas e as organizações das redes temáticas.
Na plateia estavam representantes das unidades regionais (pontos focais) e os coordenadores dos Eixos Temáticos da Rede Fio-Leish. Ponderações foram feitas à Vice-presidente da VPPCB, Maria de Lourdes, para obter financiamento aos projetos avaliados e aprovados no contexto da Fio-Leish, além de como a VPPCB poderia promover uma melhor e maior integração desses projetos estruturantes da rede na Fiocruz. Algumas sugestões foram discutidas, como lançamento de editais mais amplos, com maior aporte financeiro voltados para o apoio aos projetos e pesquisas no combate à leishmaniose. Maria de Lourdes respondeu aos questionamentos:
“Estamos aqui buscando soluções. O nosso programa precisa pensar em fortalecer as redes translacionais. A gente pode ter um olhar para ações estruturantes das redes, até para amadurecer juntos, já para 2025. Uma ideia seria juntar as coordenações para a elaboração de uma proposta por rede para discutir todos os pontos. Não teria nenhum privilégio a nenhuma rede em especial. Isso deixaria mais viável fazer esse aporte mais direcionado”.
Nos dois dias de evento, foram realizadas diversas apresentações e debates para o fortalecimento do combate à Leishmaniose, com a presença de vários especialistas da Fiocruz e do Ministério da Saúde. Contamos com a apresentação da Thaís Amaral, sobre o Edital de Pesquisa Clínica em leishmaniose.
O evento também foi marcado pela sucessão da nova Comissão de Coordenadores, que passa e ser composta pelos seguintes membros: Eduardo de Castro Ferreira (Fiocruz Mato Grosso do Sul), Mariana Boité (IOC), Patrícia Sampaio Tavares Veras (IGM, Fiocruz Bahia) e Rubens Lima do Monte Neto (IRR, Fiocruz Minas).







