Por Flavia Rianelli – PPT/ VPPCB
A Coordenação do Programa de Pesquisa Translacional teve participação de destaque no 29º Congresso Brasileiro de Parasitologia – PARASITO 2025, realizado de 22 a 25 de abril, em Salvador (Bahia). Por meio de um estande da Fiocruz, a equipe apresentou ao público os trabalhos desenvolvidos pelas Redes Translacionais voltadas à parasitologia, como a Fio-Leish, Fio-Chagas e Fio-Schisto. O espaço funcionou como ponto de encontro e troca de informações com pesquisadores, estudantes e profissionais da área, contribuindo para fortalecer a visibilidade das ações do Programa.
A cerimônia de abertura contou com a presença de Patrícia Veras, coordenadora do Programa de Pesquisa Translacional em Leishmaniose (Fio-Leish) e presidente do congresso. Em seu discurso, ela agradeceu ao presidente da Fiocruz, Dr. Mario Moreira, pelo apoio institucional e financeiro — fundamentais para a realização do evento — e fez questão de reconhecer o empenho de todos que contribuíram para tornar o congresso possível.
Patrícia também destacou a importância simbólica de Salvador como sede do encontro:
“Salvador ocupa um lugar especial na história da medicina tropical e da parasitologia — desde as primeiras descrições de doenças parasitárias até seu papel atual como centro de pesquisa científica. O legado da cidade reforça a importância dos nossos esforços coletivos. Salvador é o local ideal para a nossa reunião, pois reflete tanto a nossa história quanto os nossos objetivos para o futuro.”
Alda Maria da Cruz, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fundação Oswaldo Cruz (VPPCB/Fiocruz), representou o presidente da instituição na mesa de abertura. Em sua fala, destacou a relevância da participação da Fiocruz e a importância da internacionalização na área da saúde:
“É uma grande alegria representar a Fundação Oswaldo Cruz neste congresso, que se caracteriza pelo predomínio do idioma inglês, evidenciando a necessidade de fortalecer nossas interações e parcerias internacionais”, afirmou.
Alda Maria também lembrou que esteve diretamente envolvida na concepção do evento, ainda em sua atuação no Ministério da Saúde como diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). Ressaltou o empenho da SVSA na organização do congresso e a participação ativa de seus técnicos e consultores.
Durante sua intervenção, Alda apresentou dois programas estruturados sob sua gestão no Ministério da Saúde:
- Programa Brasil Saudável: Focado nos determinantes sociais das doenças, visa à eliminação de enfermidades prioritárias segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atuando no combate à malária, doença de Chagas (especialmente a transmissão vertical), esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase e filariose linfática.
- Programa Uma Só Saúde: Baseado na integração entre saúde humana, animal e ambiental, enfatiza a necessidade de avanços no estudo de vetores, fundamentais na transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e oropouche. “Precisamos aprofundar o conhecimento sobre os vetores, especialmente diante do surgimento de novas emergências”, ressaltou Alda.
A participação da Fiocruz no PARASITO 2025 reforçou o compromisso da instituição com a inovação científica e o fortalecimento de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças transmissíveis no Brasil e no mundo. Além disso, o evento proporcionou uma oportunidade significativa para revisitar a trajetória da parasitologia no país, refletir sobre os desafios contemporâneos e debater as perspectivas futuras da área.
Com uma programação ampla e diversificada, o congresso contou com palestras de especialistas nacionais e internacionais, simpósios temáticos, apresentações científicas, sessões de pôsteres e atividades de integração. O evento também foi um momento de celebração, com homenagens a profissionais que marcaram a história da Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP) e contribuíram para o avanço da ciência no Brasil.





















